A Secil está no caminho certo, garante Otmar, CEO da Secil
- Publicado por: Briefing
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“Mais do que uma tendência, a sustentabilidade é, com certeza, o caminho certo para a SECIL”, afirma o CEO do grupo, Otmar Hübscher. Uma rota iniciada há mais de duas décadas e que tem sofrido uma aceleração nos últimos anos, em virtude dos objetivos de descarbonização resultantes do Acordo de Paris e dos roteiros para a descarbonização da indústria cimenteira mundial."
Ambiente, social e governance. É nestes três pilares, em articulação com o desempenho económico, que assenta a política de sustentabilidade da SECIL. Também a inovação e a segurança assumem, na política de sustentabilidade da cimenteira, um papel relevante.
Diz Otmar Hübscher que a SECIL está comprometida com a sustentabilidade, procurando compatibilizar o seu desempenho económico com o respeito ambiental e a cidadania responsável. A resposta às alterações climáticas globais passa pela diminuição da intensidade carbónica da produção, pela economia circular e pela promoção da biodiversidade. São desafios que a empresa aceita e afirma que irá vencer, “com continuada criação de valor económico em contexto de globalização”. “Nas comunidades em que operamos, visamos superar e integrar as expetativas dos nossos stakeholders. A SECIL integra instituições e parcerias internacionais que assumem também este mesmo compromisso, concretizável através dos objetivos do desenvolvimento sustentável”, adianta.
A sustentabilidade está integrada em todos os níveis de gestão e processos produtivos da empresa. Ambientalmente, encara como prioritário descarbonizar a produção de cimento, betão e demais materiais de construção, aumentar a circularidade económica dos processos, melhorar a eficiência energética e promover a biodiversidade. No plano social, o foco é na atração e retenção de talento, na criação de uma cultura de segurança e na concretização de uma prática de responsabilidade social. Já na área de governance, “a SECIL empenha-se em prosseguir boas práticas de governação, reporte e transparência”.
A sustentabilidade é uma abordagem estratégica para garantir a competitividade da empresa e, nessa medida, posiciona a marca, mas não é uma estratégia de marca, garante. É – nota – uma estratégia transversal e de longo prazo da empresa: “O posicionamento sustentável das marcas SECIL é uma consequência da sua estratégia”.
Há duas décadas que a empresa investe em proteção ambiental, um esforço que está a ser acelerado nos últimos anos, em função dos objetivos de descarbonização resultantes do Acordo de Paris e dos roteiros para a descarbonização da indústria cimenteira mundial, europeia e nacional.
Otmar Hübscher salienta a elevada taxa de utilização de combustíveis alternativos em substituição de combustíveis fósseis, o aumento da eficiência energética das instalações produtivas e, sobretudo, “o grande investimento que a SECIL está a efetuar na modernização da Fábrica SECIL Outão, através do seu programa CCL que abolirá o uso de combustíveis fósseis, reduzirá a emissão de CO2 em 20%, aumentará a eficiência energética em 20% e permitirá a produção de 30% de energia própria através recuperação de energia atualmente perdida no processo”.
Nos últimos cinco anos, afirma, a empresa reduziu as suas emissões brutas de CO2 em virtude da utilização de combustíveis alternativos, da melhoria da eficiência energética e da produção de cimentos compostos, com menor incorporação clínquer. “É um esforço de adaptação às limitações impostas pelo sistema europeu de direitos de emissão, que se vai acentuar nos próximos anos”, prossegue. “Outra vertente em que a SECIL atua na redução global de emissões de CO2 em toda a cadeia de valor é através da prioridade dada ao transporte marítimo e ferroviário, face ao rodoviário, que tem maior pegada carbónica”, observa.
Sobre a resposta dos consumidores aos avanços da marca em termos de sustentabilidade, entende que “estão cada vez mais exigentes, conscientes e criteriosos nas suas escolhas e são os primeiros a revindicar soluções sustentáveis na construção”. Sustenta que, mesmo com a crescente consciência ambiental, nem sempre possuem a informação dos reais impactos dos vários materiais ao seu dispor. “Daí a importância que um prescritor tem ao comparar todas as soluções de construção que existem no mercado e garantir que o ciclo de vida destas está medido corretamente”, diz.
O CEO garante que o betão é o produto de construção “com menor pegada ambiental ao longo de todo o ciclo de vida e isso não é evidente para muitos consumidores”. Por isso, considera que cabe à SECIL passar esta informação, apresentando, cada vez mais, soluções de construção sustentáveis, eficientes energeticamente, resistentes e duradouras. “Uma das formas de reduzir o impacto ambiental é investir, por exemplo, na reabilitação dos edifícios já existentes e apostar no isolamento térmico, uma das soluções SECIL mais diretas e eficazes para melhorar a eficiência energética das casas”, concretiza.
Além de “ser fundamental investir nas condições habitacionais de milhares de portugueses”, comenta que esta aposta vai ao encontro do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) aprovado pela União Europeia para Portugal, e na correta aplicação dos fundos destinados ao programa de Eficiência Energética em edifícios residenciais (300 milhões de euros).
Mas o que vale a sustentabilidade enquanto argumento de comunicação e marketing para o setor? Para Otmar Hübscher, a sustentabilidade deve ser comunicada como um atributo, tal e qual como acontece com a qualidade. “É importante ‘ser verde’, mas temos de o fazer em consciência, com transparência e rigor, não por razões de natureza comercial”, declara, salientando que o consumidor está atento e, cada vez mais, informado, pelo que “comunicar sem verdade é inaceitável”.
“A clareza e a consistência dos argumentos são fundamentais e toda a nossa comunicação assenta num conhecimento técnico e científico acumulado ao longo dos últimos 20 anos, validado e certificado por algumas das mais prestigiadas e credíveis entidades do setor”, assegura.
“Na SECIL, consideramos que todos os projetos de sustentabilidade, dos maiores aos mais pequenos, devem ser comunicados, convidando, por vezes, os consumidores a assumirem, tal como nós, a sua responsabilidade ambiental e a mudar hábitos do dia a dia, atingindo um modo de vida mais sustentável”.
A título de exemplo, aponta o facto de a empresa ter voltado “a inovar no mercado do cimento, tornando os novos sacos mais amigos do ambiente”. O plástico foi retirado do seu interior, o que – diz – irá permitir a redução de 96.000 kg de plástico todos os anos. “Um pequeno gesto capaz de gerar grandes mudanças, sem descurar a qualidade do produto, aquilo que garante a confiança dos nossos clientes”, assevera. “Mais do que uma tendência, a sustentabilidade é, com certeza, o caminho certo para a SECIL”, remata.