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Pedreira
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Britagem
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Pré-homogeneização
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Moagem de cru
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Silos de Armazenagem
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Torre de Ciclones
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Forno
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Moagem de Cimento
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Ensacagem
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Expedição
As matérias-primas principais para o processo de fabrico do cimento são os calcários, as margas ou argilas, cuja extração é efetuada nas nossas Pedreiras, localizadas no perímetro fabril. A exploração é a céu aberto, a partir da cota mais elevada, em patamares, sendo o desmonte efetuado com explosivos, criteriosamente aplicados de modo a minimizar as vibrações.
Os principais impactos ambientais associados, designadamente sobre a biodiversidade, são minimizados através da execução da recuperação Paisagística nas frentes já finalizadas, havendo ainda a preocupação de reduzir a utilização de recursos naturais, através da incorporação de outros materiais como matérias-primas secundárias.
Após extração, o material apresenta-se em blocos com dimensões que podem ir até cerca de 1m3, pelo que é necessário reduzir no britador o seu tamanho a uma granulometria compatível com o transporte, armazenagem e alimentação das fases seguintes de fabrico.
Após a britagem, as matérias‑primas passam por um processo de armazenamento, que inclui uma função de pré‑homogeneização de forma a permitir uma homogeneidade das várias pilhas em armazém.
As matérias-primas naturais e os materiais de correção (areia e óxido de ferro) são depois doseados, tendo em consideração a qualidade do produto a obter (clínquer), operação que é controlada através de computadores de processo.
Definida a proporção das matérias-primas, elas são transportadas para moinhos onde se produz o chamado “cru”, isto é, uma mistura finamente moída, em proporções bem definidas, do conjunto das matérias-primas naturais e dos materiais de correção. Nessa moagem são utilizados moinhos verticais de mós.
Nesta fase, efetua-se a secagem do “cru” aproveitando-se o calor contido nos gases de escape dos fornos rotativos que, simultaneamente, fazem o transporte do cru dos moinhos aos silos de armazenagem.
O cru é extraído dos silos de armazenagem e introduzido no sistema de pré-aquecimento (torre de ciclones), onde é aquecido pelos gases de escape resultantes da queima dos combustíveis.
O material entra então no forno, deslocando-se ao longo deste devido à sua rotação e ligeira inclinação, prosseguindo o aquecimento e desenrolando-se as reações físico-químicas do processo da clinquerização a uma temperatura que atinge os 1450ºC, para no final obter o clínquer.
A partir dos 1450ºC inicia-se o arrefecimento do clínquer, ainda dentro do forno, sendo completado nos arrefecedores de satélites, onde é introduzido ar em contracorrente com o clínquer, aproveitando-se este ar aquecido como ar de queima secundário. Desta forma, há uma recuperação parcial do conteúdo térmico do clínquer, por forma a reduzir o consumo de energia nos fornos.
A reduzida emissão de partículas é assegurada através de sistemas de despoeiramento (filtros de magas e electrofilos) e a minimização das emissões de gases, através de sistemas de controlo automatizado da condução dos fornos, ambas as soluções também consideradas MTD.
O cimento é produzido em moinhos tubulares horizontais com corpos moentes. O clínquer, o gesso (regulador da presa do cimento) e os aditivos inertes são moídos, em proporções bem definidas, de acordo com o plano de qualidade, obtendo-se os diferentes tipos de cimento, com características específicas e adequadas à sua utilização, os quais são armazenados em silos devidamente identificados.
A minimização do consumo de energia elétrica tem vindo a ser conseguida através da adoção da tecnologia de moagem em circuito fechado e com separadores de 3ª geração, considerada como MTD.
A reduzida emissão de partículas é assegurada por filtros de mangas, também classificados como MTD.
O cimento é extraído dos silos para ser ensacado. O ensacamento é feito em linhas automatizadas de enchimento de sacos e de paletização ou de empacotamento.
A comercialização do cimento é feita a granel por extração dos silos para camiões cisterna (rodovia), vagões (ferrovia) ou navios (via fluvial ou marítima). Pode ser também expedida em sacos, sobre paletes de madeira ou em pacotões plastificados.